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A importância do gerenciamento de riscos em nossa vida

Ouvimos muito a respeito de risco, principalmente quando se trata de risco de crédito ou risco em investimentos. Mas não são apenas esses riscos existentes em nossas vidas. Como já citado em texto anterior, diariamente somos obrigados a tomar decisões que implicam em diversos riscos.

Mas, que riscos são esses? Podemos começar com alguns exemplos simples:

1) ao atravessar a rua, devemos analisar se o tempo de travessia é suficiente para chegarmos em segurança ao outro lado;

2) ao adquirirmos uma casa, corremos o risco de ter um elevado imobilizado, sem liquidez em caso de necessidade, e dificultando a mobilidade para mudanças;

3) quando entramos em um relacionamento, temos que mensurar o risco de sermos infelizes na relação e arrastar isso para o resto de nossas vidas;

4) ao ingressarmos em um novo ambiente de trabalho, corremos o risco de estarmos insatisfeitos e não realizados;

5) ao contratarmos uma operação de crédito, corremos o risco de surgir imprevistos e ficarmos sem capacidade de pagamento para honrar nossos compromissos;

6) em investimentos, corremos diversos riscos, tanto na renda fixa, como na renda variável, ou investindo na economia real, riscos esses, que podem depreciar todo o nosso patrimônio.

Existem diversos outros riscos presentes em nossas vidas, esses foram, apenas, alguns exemplos mais cotidianos. E como se não bastasse o risco em si, existe o risco de arrasto de uma dessas variáveis.

Mas o que significa risco de arrasto? Já ouviu aquela tradicional frase, “nada está tão ruim, que não possa piorar”?

Pois é, ela é verídica. Esse risco de arrasto é o impacto que pode ocorrer nas demais variáveis, caso uma delas se quebre. Vamos a um exemplo: caso não analisarmos corretamente o risco de atravessar a rua, formos descuidados e atropelados, e precisarmos despender muitos recursos financeiros em nosso tratamento, pode nos ocorrer uma falta de capacidade de pagamento temporária, que irá gerar atraso no pagamento de nossas dívidas ou empréstimos.

Esse é um típico exemplo de arrasto, por não mensurarmos corretamente o risco de atravessar a rua, nos expomos a um risco de não honrar nossos compromissos. E esse arrasto pode ser ainda pior. Esse mesmo descuido pode gerar uma paralisia permanente, nos expondo ao risco de perder nosso trabalho, entre diversos outros problemas. Cada variável não analisada corretamente, pode nos expor a grandes riscos, que através do arrasto, pode nos levar ao risco mais perigoso de todos: o risco da ruína.

O risco da ruína nada mais é do que o risco de você sofrer uma perda de tal magnitude que fará com que você não consiga se recuperar e voltar ao jogo. Esse risco é muito conhecido no mundo dos investimentos, porém, ele pode ser levado para toda a nossa vida. Um acidente pode nos levar ao risco da ruína através do nosso falecimento, ou através de um dispêndio financeiro tão elevado, que infelizmente não será possível retornarmos a nossa vida de antes. Todos os exemplos já citados possuem esse risco embutido. Cabe a nós, analisarmos e gerenciarmos da melhor maneira possível.

E como gerenciar todos esses riscos?

Não há uma maneira fácil e perfeita de fazer isso. Nos riscos pessoais, cada evento deverá ser mensurado e analisado de uma forma diferente, podendo ser individual ou coletivo, desde a travessia da rua, até a escolha de um relacionamento. Deve-se encontrar um ponto de equilíbrio em todas as tomadas de decisões.

Nos riscos financeiros, devemos criar um planejamento estratégico para todas as variáveis. Através de um exemplo poderemos ter uma noção: afim de evitar o risco da falta de recursos na aposentadoria, iremos desde já, poupar mensalmente “x” valor, com a finalidade de viver de uma maneira confortável após determinada idade. Para isso devemos controlar nossas finanças, e separar uma porcentagem mensal de nossa renda para os investimentos. Inicialmente faremos uma reserva de emergência, para evitarmos imprevistos. Em seguida traçaremos uma estratégia de investimentos. Neste exemplo, dividiremos nosso plano de aposentadoria da seguinte maneira: 25% em renda fixa (tesouro direto e fundos DI), 20% em ações de empresas maduras que pagam bons dividendos, 15% em ações de empresas em crescimento (small caps), 15% em fundos imobiliários e 25% em fundos de previdência. Dentro de cada categoria acima, diversificaremos nosso patrimônio em vários ativos diferentes.

Essa divisão e diversificação permite uma mitigação dos riscos. Com esse simples exemplo, ficou claro como fazer uma boa gestão de riscos financeiros em investimentos. Obviamente, que dentro desse exemplo, pode-se fazer diversas outras divisões, afim de reduzir ainda mais o risco.

Esse texto teve como finalidade apresentar alguns riscos que corremos diariamente em nossas vidas. Através de exemplos práticos e reais, nota-se a necessidade de mensuração e gestão de riscos na vida das pessoas. Nas variáveis pessoais, costumamos gerir os riscos, porém, quando se trata de finanças e investimentos, costumamos deixar de lado essa análise. Porém, é necessário que façamos mensuração e gerenciamento de riscos em todas as áreas de nossas vidas.


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