O que era pra ser mais um dia tranquilo de trabalho na creche Aquarela ficou marcado como um dos piores crimes já ocorridos aqui no Estado. No momento em que o rapaz de 18 anos invadiu a unidade de educação e feriu crianças e professoras, uma ligação desesperada para os bombeiros dava conta da gravidade da situação.
Quem atendeu a ligação foi o bombeiro Lázaro Muller, da Central de emergência que fica em Chapecó. Ele tenta tranquilizar a mulher para entender o que está acontecendo. O profissional, que tem 38 anos de serviço, afirma que em Chapecó tem uma creche com o mesmo nome, por isso precisou se certificar do local exato. Ele acionou as equipes de Socorro de Saudades e de Pinhalzinho e também comunicou a Polícia Militar. Mais tarde pode compreender a dimensão da tragédia.
O ataque resultou na morte de três crianças com menos de dois anos, uma professora e uma agente de educação. O rapaz que invadiu a unidade segue internado no hospital de Chapecó depois de desferir golpes contra o próprio corpo. A defesa solicitou à justiça um exame de sanidade mental dele, o que só deve ser analisado depois da alta.