O conserto de um carro que tenha sofrido algum dano na estrutura após um acidente precisa ser muito bem conduzido, para que, numa eventual segunda colisão, ele tenha a mesma resistência de quando saiu da fábrica. Para garantir a durabilidade das peças e a segurança dos ocupantes, a empresa Maquinária, de Rio do Sul, investe em equipamentos com tecnologia avançada.
É o caso da solda ponto, que é italiana. “Se você soldar com a solda comum, ela destempera a lata, aquece muito. Então nós usamos a solda-ponto italiana, que é homologada pelas montadoras. O que acontece: ela automaticamente faz a leitura, mede a espessura da lata, e dá o ponto da solda que precisa”, afirma Almir Battisti Petris, sócio-presidente da Maquinária.
“Com uma solda tradicional, por exemplo, eu vou destemperar essa peça. Aí, numa segunda colisão, essa peça já não tem a mesma resistência. Então é bem importante observar isso”, destaca Atenir Schuhmacher, sócio-administrador da empresa.
Atenir explica que o carro é projetado de forma a absorver o impacto tanto na parte frontal quanto na de trás. Por isso elas ficam mais danificadas quando ocorre uma batida. Já as colunas: dianteira, central e traseira, é que tem a estrutura mais reforçada para evitar que os ocupantes se machuquem.
“É como num carro de Fórmula 1: ele praticamente desmancha e não acontece nada com o piloto, que fica numa ‘cápsula de sobrevivência’. O veículo de rua não tem toda essa sofisticação, mas quando se fala na segurança das pessoas, a engenharia trabalha de maneira a proteger quem está no interior do automóvel”, conta Almir. Por isso a importância da solda ponto nesse processo. “Quando o carro colidir novamente, a segurança será muito maior”, destaca.
Segundo o presidente da empresa, países de primeiro mundo não aceitam mais a solda tradicional, que ainda é usada no Brasil. “Então são poucas empresas que tem esse equipamento italiano, como o nosso, que faz tudo dentro dos padrões originais de fábrica”.
“Tem bastante engenharia envolvida nesses carros, então a reparadora precisa acompanhar essa evolução, porque, em cada lançamento de modelo, a montadora entrega mais segurança e nós temos que ficar antenados”, diz Atenir.
“Então a gente tem ido muito em feiras no exterior buscar tecnologias que são necessárias. Que bom que o Brasil está começando a usar esses equipamentos. Ainda vai demorar um pouco, mas, quem sabe, daqui a alguns anos, nosso País vai estar dentro dos padrões europeu e mundial de segurança”, conclui Almir.
A Maquinária hoje é sediada em Rio do Sul e tem unidades em Blumenau, Itajaí, São José e Florianópolis (tanto na Ilha quanto no Continente). O telefone da matriz é o (47) 3531-9100.