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"Eu queria ele vivo", diz Dalírio Beber, suplente de Luiz Henrique da Silveira

Dalírio diz que não queria assumir a cadeira (Foto: Gilmar de Souza / Agencia RBS)

Entrevista, Dalírio beber, Presidente de honra do PSDB em SC e suplente de senador

Como era a sua relação com o senador Luiz Henrique da Silveira?

Ele tem uma trajetória de 44 anos de vida pública. Depois que fundamos o PSDB no Estado, convivemos muito e participamos de alguns projetos políticos, que eram muito mais dele do que nossos.

A vida dele foi interrompida abruptamente. Ele tinha chegado numa posição de verdadeiro estadista, não havia ninguém melhor do que ele para ser o representante de Santa Catarina no Senado Federal.

Chegou a conversar algum dia com Luiz Henrique sobre a possibilidade de assumir a cadeira no Senado?

Nunca, nem comigo, nem com o Gavazzoni (Antônio Gavazzoni, secretário de Estado da Fazenda e segundo-suplente). Apesar de toda a minha relação de proximidade com ele, nunca discutimos que ele devesse se licenciar para me dar um período.

As bandeiras que Luiz Henrique da Silveira defendia serão suas bandeiras também?

Acho que tem inúmeras coisas que o Luiz Henrique encaminhou e defendia que vão ser incorporadas. Aliás, elas hoje já são assumidas por outros senadores, exatamente porque elas transcendem as questões partidárias, já tem um foco muito maior exatamente por esse espírito estadista que ele já tinha incorporado, como a própria reforma política, o pacto federativo.

O senhor tem pensado em bandeiras próprias e catarinenses para defender?

Se eu dissesse isso estaria até ferindo a história do Luiz Henrique, os familiares. Eu queria que ele estivesse vivo e que completasse o seu mandato, porque com certeza nenhum catarinense da atualidade tinha a qualificação que ele reuniu. Eu espero durante a caminhada ouvir o que o governo do Estado precisa e aquilo que os catarinenses vão apresentar para constituir uma agenda de trabalho em defesa dos interesses da sociedade. Eu hoje não sei porque não pensei que aconteceria essa brutal fatalidade.

Líderes nacionais do PSDB como Aécio Neves e José Serra já entraram em contato? O que disseram?

O que eu tenho pedido, inclusive ao partido, é que eu gostaria de, ao lado dos catarinenses e da família, vivenciar o luto que foi decretado para que se aproveite esse momento para refletir sobre a importância que o Luiz Henrique teve.

Jornal de Santa Catarina 

 

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