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Caminhoneiros de Santa Catarina têm videoconferência com o ministro Miguel Rossetto

Caminhoneiros de Santa Catarina têm videoconferência com o ministro Miguel Rossetto Reunião por vídeo entre caminhoneiros e ministro ocorreu neste domingo, às 15h, na Unochapecó (Foto: ESTER KOCH DA VEIGA / Divulgação)

Conversa com ministro da Secretaria Geral da Presidência foi considerada um avanço pelos manifestantes

Cerca de 50 representantes dos caminhoneiros e agricultores, que estão mobilizados nas rodovias catarinenses desde o dia 18 de fevereiro, tiveram uma videoconferência com o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, na tarde de domingo. A mobilização continua, mas os manifestantes conseguiram abrir um canal de negociação com o governo. O ministro deve abrir um espaço na agenda para receber pessoalmente representantes catarinenses na terça-feira.

— Foi a primeira vez que houve um diálogo com as lideranças do movimento de Santa Catarina — disse a deputada Luciane Carminatti, que faz parte da Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa. O deputado federal Pedro Uczai, o deputado estadual Dirceu Dresch e o presidente do PT em Santa Catarina, Cláudio Vignatti, também estavam presentes.

A videoconferência ocorreu no bloco G da Universidade Comunitária Regional de Chapecó (Unochapecó), por causa do equipamento necessário para a reunião. Lideranças do Partido dos Trabalhadores em Santa Catarina, como o deputado federal Pedro Uczai, estavam tentando criar um canal de negociação para sensibilizar o Governo Federal sobre a situação catarinense.

— Eles nos procuraram — disse o motorista Vilmar Bonora, sobre a articulação da videoconferência que ocorreu por volta das 15 horas de hoje.

Bonora também afirmou que o aceno para uma audiência na terça-feira representa um avanço. No entanto há alguns impasses como a reivindicação de baixar o preço do combustível. Rossetto falou que o governo manteve os preços baixos durante seis anos e que a equipe econômica não quer rever esse ponto. O ministro acenou com o parcelamento das dívidas em 12 meses e abertura de negociações para reavaliar questões como preço de frete, embora isso envolva o setor privado.

A deputada Luciane Carminatti avaliou que existem três frentes. Uma é ver o que cabe ao Governo Federal, com a discussão dos valores dos fretes. Outra será tema de uma reunião às 14 horas de segunda-feira, com o governador Raimundo Colombo, para discutir a redução do ICMS sobre os combustíveis, que é de 12%. A terceira é debater a divisão dos lucros das empresas de frete com os transportadores e motoristas que são contratados e até subcontratados.

No entanto, ela reconheceu que a discussão é difícil, pois há divergências sobre a pauta de reivindicações. 

— Alguns não abrem mão da redução dos combustíveis — disse a deputada, que ainda destacou que há mistura de interesses legítimos dos motoristas com algumas pessoas que têm motivação política.

Diário Catarinense

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