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Condenado por homicídio da esposa, “Índio” mata sua nova companheira e comete suicídio, em Salete

Condenado por homicídio da esposa, “Índio” mata sua nova companheira e comete suicídio, em Salete Luiz Albuquerque, conhecido como Índio que já havia matado sua ex-companheira, matou sua atual namorada e depois, cometeu suicídio (Foto: Educadora AM

O crime ocorreu na manhã desta quinta-feira (25)

Na manhã desta quinta-feira (25), um crime brutal chocou a cidade de Salete. Luiz Albuquerque, conhecido como Índio que já havia matado sua ex-companheira, matou sua atual namorada e depois, cometeu suicídio. Silvana Borges da Silva que era do Paraná, foi encontrada enforcada na cama, já Índio estava enforcado na lavação.

Luiz Albuquerque havia sido condenado pela morte de Iraci de Fátima Carleso na data de 06/02/2014 por júri popular na cidade de Taió. A pena dele foi sentenciada em 23 anos de reclusão. O juiz Claudio Márcio Areco Junior determinou no dia 15 de setembro do último ano, que enquanto não arrumassem vaga em presídio/colônia com suporte para recebê-lo, Albuquerque deveria permanecer em prisão domiciliar. Como o estado não arrumou vaga em local adequado, “Índio” cumpria pena em casa. 

Porém, em fevereiro, o juiz da Comarca de Taió, Rafael Espindola Berndt teve outro entendimento. Determinou que ele fosse para prisão em regime fechado. Porém, Índio estava solto por falta de vagas em penitenciárias da região.

Relembre o caso

Um homicídio foi adicionado ao histórico de vida de Luiz Albuquerque (35) que já foi condenado por porte ilegal de arma, lesão corporal grave e tem diversas passagens pela polícia. Índio, como é conhecido, foi a júri popular, pela morte da companheira Iraci de Fátima Carleso, então com 49 anos. O crime ocorreu em 17 de setembro de 2012, no município de Salete. A cabeleireira foi encontrada morta ao lado cama do quarto do casal, por um dos filhos. O laudo do Instituto Geral de Perícias constatou a morte por asfixia mecânica direta complexa com constricção no pescoço (estrangulamento).

No depoimento, Luiz confessou que foi o autor do crime à juíza da comarca de Taió, Shirley Tamara Colombo de Siqueira Woncce. Ele descreveu em detalhes, a rotina daquele dia, contou que houve uma discussão entre o casal motivada por ciúmes. Índio disse que além das discussões, os dois tiveram uma luta corporal e argumentou que tentou controlar a companheira pelo pescoço porque ela estava muito nervosa.

Luiz relatou também que ficou desesperado em ver a amada desmaiada, ligou para uma irmã da vítima, mas não chamou a polícia. “Vendo a mulher que eu amava morta, eu me desesperei ainda mais e tomei um litro de whisky pra criar coragem pra me matar” disse ele. O réu chegou a preparar uma corda pra tentar o suicídio, também deixou um bilhete, onde demonstrou arrependimento, pediu perdão à família e disse que amava Iraci. Depois fugiu com a moto do enteado, sofreu um acidente e foi preso pela Polícia Militar. No fim do depoimento, chorou.

“Antes disso acontecer eu estava vivendo o melhor momento da minha vida, jamais imaginei que poderia ter feito uma coisa dessas” disse ele. Albuquerque que já havia sido preso em dezembro de 2006 por crime de lesão corporal grave e tentativa de homicídio, quando desferiu golpes de gargalo de garrafa contra um homem e condenado a dois anos e quatro meses de prisão. Também foi preso por porte ilegal de armas na Comarca de Presidente Getúlio, quando cumpriu dois anos e seis meses de prisão. Em Taió, foi pego em uma casa de prostituição por porte ilegal de munição.

O Ministério Público, representado pela promotora de Justiça, Raquel Urquiza Rodrigues de Medeiros, relatou que os casos de violência doméstica são muito comuns no país. “A cada 15 segundos, um caso de violência é registrado no Brasil, precisamos por um fim nisso” disse a promotora. Ela apresentou a tese de que Iraci, como a maioria das mulheres que são agredidas dentro de casa, sofrem com medo e silêncio.

O advogado criminalista Jean Carlos Belli, argumentou que o seu cliente não tinha a intenção de matar a companheira e por isso confessou tudo.

O júri condenou Luiz Albuquerque a 23 anos de prisão, inicialmente em regime fechado.

Fonte: Educadora AM

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