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De voto feminino a banheiro exclusivo no Senado: conheça algumas conquistas das mulheres na política

Nesse dia Internacional da Mulher, conheça mais sobre os direitos de igualdade da mulher conquistado ao longo dos anos

De voto feminino a banheiro exclusivo no Senado: conheça algumas conquistas das mulheres na política Gean Carlos/Rádio Sintonia FM

 

8 de março é o dia Internacional da Mulher, a data teve origem no movimento operário e se tornou um evento anual reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Suas sementes foram plantadas em 1908, quando 15 mil mulheres marcharam pela cidade de Nova York exigindo a redução das jornadas de trabalho, salários melhores e direito ao voto. Um ano depois, o Partido Socialista da América declarou o primeiro Dia Nacional das Mulheres.

A proposta de tornar a data internacional veio de uma mulher chamada Clara Zetkin, ativista comunista e defensora dos direitos das mulheres.

Ela deu a ideia em 1910 durante uma Conferência Internacional de Mulheres Socialistas em Copenhague. Havia 100 mulheres, de 17 países, presentes, e elas concordaram com a sugestão dela por unanimidade.

A data foi celebrada pela primeira vez em 1911, na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça. E seu centenário foi comemorado em 2011 — então, neste ano, estamos tecnicamente comemorando o 111º Dia Internacional das Mulheres.

Mas o Dia Internacional das Mulheres só foi oficializado em 1975, quando a ONU começou a comemorar a data.

Veja agora algumas conquistas das mulheres na política do Brasil:

Voto feminino

Apesar de reconhecido em 1932, o voto feminino foi incorporado à Constituição apenas em 1934. Até 1965 foi facultativo, quando passou a ser obrigatório ao ser equiparado ao dos homens.

Primeira deputada federal

A primeira deputada federal eleita pelo voto popular foi Carlota Pereira de Queirós, em 1933, quando a sede da Câmara dos Deputados era no Palácio Tiradentes, no Rio de Janeiro. Carlota era professora e médica paulista

Primeira senadora

Eunice Michiles chegou ao Senado em 1979. professora e deputada estadual no Amazonas, foi recebida com flores, chocolate e poesia por seus pares, mas sofreu com resistência dos colegas homens, que não aprovaram os projetos de lei de sua autoria.

Banheiros no Senado

O plenário do Senado passou a ter um banheiro para as senadoras em 2016, mais de 55 anos depois da inauguração do prédio do Congresso Nacional em Brasília, em 1960. Na Câmara, o sanitário feminino no plenário foi construído em 1987 após demanda das deputadas.

Primeira mulher a presidir a CCJ da Câmara

A deputada Bia Kicis (PL-DF) foi a primeira deputada a presidir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Ela assumiu em 2021 e permaneceu na cadeira por um ano. A CCJ é a comissão mais importante da Casa. A comissão consegue controlar o ritmo e dar peso de validação a uma matéria para ser analisada pelo plenário. É a comissão mais estratégica, que pode interromper previamente determinados projetos

Maior bancada feminina no Congresso

A legislatura que começou em 2023 tem o maior número de representantes mulheres da história. São 91 mulheres eleitas na Câmara, aumento de 18% em relação à bancada eleita em 2018, de 77 mulheres.

No Senado, o resultado das urnas apontava uma redução no número de mulheres na casa: quatro senadoras foram eleitas em 2022, seis estão estão na segunda metade do mandato e uma assumiu o mandato em razão do seu titular ter sido eleito para o governo estadual. Com isso, a bancada feminina no Senado havia passado de 12 para 11 senadoras. Agora, com o afastamento de alguns parlamentares para, entre outros motivos, ocupar cargos em ministérios, a bancada feminina aumentou para 15 senadoras em exercício.

Primeira titular da Mesa Diretora da Câmara

A deputada Rose de Freitas (PMDB-ES) se tornou a primeira mulher a ocupar um cargo na mesa diretora da Câmara em 2011. Ela ocupou a cadeira de 1ª vice-presidente da Casa.

Primeira presidente de Comissão na Câmara

A deputada Lygia Lessa Bastos (PDS-RJ) foi a primeira a exercer o cargo de presidente de Comissão na Câmara dos Deputados. Ela presidiu a Comissão de Educação e Cultura em 1982.

 

Fontes: G1 e BBC News Brasil

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