Santa Catarina já teve pelo menos cinco casos de feminicídio desde o começo do ano. São dados apurados pela Secretaria do Estado da Segurança Pública até o último domingo. O balanço aponta três mortes a mais do que o mesmo período do ano passado.
Feminicídio é a definição usada para os assassinatos de mulheres cometidos em razão do gênero. Ou seja, quando a vítima é morta por ser mulher.
Um dos casos mais recentes ocorreu em Ituporanga, no Alto Vale do Itajaí, na última sexta-feira. Neomar da Rosa, de 25 anos, foi encontrada morta e esquartejada em uma barragem. Ela era natural de Blumenau e estava morando há quatro meses com o companheiro em Ituporanga.
O homem, de 33 anos, foi preso nesta segunda-feira. Conforme a Polícia Civil, o crime teria sido cometido após uma discussão na sala da residência do casal. O suspeito teria utilizado um martelo para matar a mulher. Depois, com uma faca ele teria esquartejado a vítima para tentar encobrir a morte e ocultar o cadáver.
O crime foi enquadrado como feminicídio qualificado por motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima, além de ocultação de cadáver.
Violência doméstica só é superada pelo tráfico de drogas
Relatório do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, com dados de outubro de 2018, aponta que o Estado tem mais de 36 mil processos em andamento decorrentes de violência doméstica, violência de gênero contra a mulher e feminicídio.
Em número, essas ações só perdem para as relacionadas ao tráfico de drogas. Em andamento em Santa Catarina, ainda há mais de 14 mil medidas protetivas, quando o homem é proibido pela Justiça de aproximar-se da mulher.
FEMINICÍDIOS EM SC
2016 54
2017 50
2018 42
ATÉ JANEIRO
2016 2
2017 2
2018 2
2019 5
Por Redação DC