Na manhã deste sábado (28) a Vigilância Epidemiológica de Ituporanga confirmou a circulação da variante P1 de Manaus aqui na Capital da Cebola. A confirmação chegou no início da noite desta sexta (26), por meio de um email enviado pela regional de saúde do Estado. A amostra suspeita foi encaminhada para o Rio de Janeiro na Fiocruz, no mês de fevereiro.
De acordo com a enfermeira responsável pela vigilância epidemiológica Geórgia Staldinguer a demora para a vindo do resultado se deve a grande quantidade de amostras envidadas ao laboratório. “Afogou bastante lá na Fiocruz. Muitas cidades enviaram amostras tanto que antes mesmo de vir o resultado desse caso de Ituporanga, já existe a confirmação de que já tem a circulação comunitária dessa nova variante no estado de Santa Catarina”, explicou.
A nova variante, segundo a enfermeira, é o mesmo vírus SARS COV2, porem sofreu mutações na proteína de infecção que tornou o vírus mais transmissível. “Não sabemos se ele causa infecção mais grave, o que se sabe é que ele é mais contagioso. Então antes se uma pessoa transmitia para uma ou pra três, esse transmite para cinco ou para seis pessoas o que reforça a necessidade das pessoas se cuidarem”, explicou.
Desde fevereiro Ituporanga tem acompanhado um aumento considerável de casos positivados e também ativos. Houve também aumento no número de internações e inclusive aumento de pacientes com complicações mais graves da doença e que tem necessitado intubação.
Nesta semana, o prefeito Gervásio Maciel e a Secretária de Saúde Neide Sorbara Maciel realizam reuniões com os profissionais médicos para ampliar o monitoramento dos pacientes positivados. "Vamos ampliar o acompanhamento com a monitoração dos casos positivados para tentar diminuir as internações," afirmou a secretária.
Hoje Ituporanga contabiliza 2325 casos confirmados, sendo 151 casos ativos. Na sexta (26) duas novas mortes foram registradas e o município contabiliza 35 óbitos por complicações da COVID-19.
COMO A VARIANTE CHEGOU A ITUPORANGA
A suspeita é que a nova variante tenha chegado no município por meio de um trabalhador que foi a uma reunião no estado do Pará região Norte. Quando ele retornou teve sintoma, foi feita a coleta e ele positivou para COVID-19. A suspeita ficou mais evidente de que poderia ser a nova variante, porque houve, na época, mais cerca de 30 casos secundários que tiveram algum tipo de contato com o paciente.